Zona do euro e UE cresceram apenas 0,2% no terceiro trimestre
Por marciobasso 15/11/2011 - 11h46
A economia dos 17 países que compartilham o euro e do conjunto da União Europeia (UE) cresceu apenas 0,2% no terceiro trimestre com relação ao trimestre anterior e 1,4% comparada com o mesmo período de 2010.
Os dados antecipados da evolução do PIB (Produto Interno Bruto) da UE e da zona do euro, divulgados nesta terça-feira pelo Eurostat, o escritório de estatísticas comunitário, coincidem assim com as previsões apresentadas no último dia 10 pela Comissão Europeia.
Em toda a União Europeia, o estado das economias dos 27 países membros é parecido, com exceção da Romênia, que registrou expansão de 1,9% no terceiro trimestre com relação ao anterior, e no Chipre, onde o PIB retrocedeu 0,7%.
As demais economias registraram um crescimento nulo ou semelhante no terceiro trimestre, com taxas que vão de 0,3% a 0,8%, com exceção da Romênia, Letônia e Lituânia (1,3%).
As duas maiores economias da zona do euro, Alemanha e França, cresceram 0,5% e 0,4% respectivamente.
Portugal agravou sua recessão ao registrar queda de 0,4%, comparado com a baixa de 0,1% do trimestre anterior.
A Espanha teve variação nula se o PIB for comparado ao trimestre anterior. Na comparação anualizada –com o terceiro trimestre de 2010–, a economia espanhola avançou 0,8%. Os dados da Eurosat para o país coincidem com a previsão da Comissão Europeia para o PIB espanhol no trimestre.
Os números desta terça-feira na comparação com o trimestre anterior foram a primeira estimativa do Eurostat e não incluem uma série de países, como Grécia e Itália. Na taxa anualizada, a Grécia registrou queda de 5,2%.
Saindo da Europa, a Eurostat estima que a economia dos Estados Unidos registrou um crescimento de 0,6% no terceiro trimestre, contra alta de 0,3 no trimestre anterior, enquanto que no Japão a expansão foi de 1,5% frente a uma queda de 0,3% no segundo.
Apesar do crescimento, muitos economistas acreditam que a zona do euro se encaminha para entrar em recessão nos próximos meses, uma vez que a crise da dívida já atingiu ao menos três países –Grécia, Irlanda e Portugal– e agora ameaça economisas maiores, como Itália e Espanha.
“Não há nenhuma razão para otimismo quanto ao crescimento”, disse Ferdinand Fichtner do Instituto Alemão de Economia (DIW, na sigla em alemão), alertando que a expectativa para o quarto trimestre é ainda pior.
“As pessoas estão indecisas”, acrescentou Fitchner. “Isso é um veneno para o crescimento”.
Quando a crise da dívida estourou, em 2009, a economia europeia estava se recuperando de sua mais profunda recessão desde a Segunda Guerra, graças especialmente à Alemanha, a maior economia da região.
Na época, o país desfrutava de um boom nas exportações e via uma melhora na demanda interna, apesar de muitos países da zona do euro enfrentarem dívidas enormes.
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