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Estudos científicos indicam os benefícios da fé e da oração na vida das pessoas

Igreja Adventista do Sétimo Dia mantém projeto especial para incentivar à prática da oração


Por Gabriela Frontini 17/02/2025 - 15h24

Para muitos, ciência e religião não se conversam. Mas a religião teve um papel fundamental em grandes descobertas científicas da história nos campos da genética, astronomia, biologia, citologia, psicologia e etc. Hoje em dia, esse conceito tem mudado com a própria ciência provando questões ligadas à religião. Por exemplo, uma pesquisa feita em 2001 pelo Centro Nacional de Adição e Abuso de Drogas dos EUA constatou que adultos que não consideram religião importante em suas vidas consomem muito mais álcool e drogas do que os que acham os credos relevantes e tem uma vida muito mais desregrada no que diz respeito à saúde. 

O Dr. Andrew Newberg, professor da Universidade Thomas Jefferson, nos EUA, realizou um estudo de ressonância magnética e descobriu que a oração e a meditação têm poder. Com a prática, o cérebro aumenta a atividade dos lobos frontais e da área de linguagem e esse treino físico da mente resulta na cura de várias doenças e no desenvolvimento do cérebro.

Outro estudo, publicado na revista Câncer, da Sociedade Americana de Câncer, provou que pacientes com fortes crenças espirituais reagem melhor ao tratamento e têm menos sintomas. Pesquisadores da Moffitt Cancer Center, na Flórida (EUA) perceberam que os pacientes que acreditavam em uma força superior tinham mais saúde física e mental do que os incrédulos.

Em 2004, o São Paulo Medical Journal, da Associação Paulista de Medicina, publicou uma pesquisa que afirma o poder da oração na recuperação de pacientes com câncer. 

De acordo com o dicionário Michaelis, oração quer dizer “prece dirigida a qualquer divindade; reza. Apelo da alma ou do coração feito a Deus. Mensagem oral religiosa que é proferida no púlpito”.

Gabriela Galvão não é paciente oncológica. Mas ela tinha o sonho de ser mãe, enfrentava dificuldades e colocou esse assunto em suas conversas com Deus, ou seja, em oração. Foram 19 anos tentando e nada. Até que uma amiga a encorajou a partir para a adoção. Seu coração estava focado nessa possibilidade de maternar e ela e o esposo foram habilitados para a adoção em 2018. No mesmo ano, participou do programa Entre Família, da TV Novo Tempo, cujo tema era infertilidade e o médico especialista que participou junto, ao final da gravação, deu seu cartão à Gabriela e disse que se ela poderia tentar ser mãe biológica através da fertilização in vitro (F.I.V.). A princípio, ela se sentiu incomodada, pois já estava na fila de adoção e esse era um assunto resolvido pra ela. Por isso, jogou o cartão de visitas do médico no lixo.

Ela conta que “em 2023, em uma ida ao salão para cortar o cabelo, a moça que havia me atendido em 2022, lembrou da conversa que tivemos e de que eu esperava meu filho por meio de adoção. Ela puxou o assunto e me sugeriu procurar uma clínica de fertilidade aqui na cidade, pois estava com um valor acessível para os casais fazerem o procedimento de fertilização. Eu confesso que me impactou as palavras dela quando ela me disse para pensar nisso enquanto ainda tinha possibilidade. Já tinha ouvido essa mesma frase antes, então foi aí que decidi que precisava fechar essa porta. A gente precisava esgotar as possibilidades”. Foi aí que ela e o esposo procuraram a clínica indicada pela amiga cabeleireira e para a sua surpresa, o médico que os atendeu foi o mesmo que estava ao seu lado em 2018, no programa de TV.

Em oração, em suas conversas com Deus, Gabi entendeu que precisava esgotar todas as possibilidades e, com muito esforço, reuniu recursos financeiros para isso. Porém, ao realizar os exames na clínica, o esposo de Gabriela foi diagnosticado com azoospermia, condição caracterizada pela ausência de espermatozoides no líquido seminal ejaculado e, então, a indicação era eles recorreram ao banco de sêmen.

Gabriela conta que “a escolha estava entre desistir ou recorrer a um recurso que nos deixava em dúvida se era mesmo plano de Deus. Oramos e choramos por isso! Na tentativa desesperada, questionei o médico se realmente não tinha mais nada que pudesse ser feito. Foi aí que a esperança renasceu! Havia um procedimento, pouco indicado porque os exames eram conclusivos, mas uma punção poderia tentar encontrar algum espermatozoide viável. Eu disse que era disso que precisávamos, uma centelha de esperança e que finalmente teríamos a resposta que estávamos procurando. Meu marido e o médico toparam seguir e marcamos o procedimento”, conta ela.

Nesse meio tempo, a oração não era apenas da Gabriela, do esposo e familiares. Muitos amigos, inclusive da igreja que ela frequenta, passaram a orar por esse sonho do casal. E Deus foi respondendo de maneira surpreendente: “quando meu marido entrou para cirurgia eu pedi a Deus que operasse o milagre que Ele no passado, havia operado em Sara, Raquel, Ana e tantas outras filhas, que fizesse o mesmo no meu marido. Quando veio o resultado, nem o médico e nem meu marido acreditaram! Podíamos descartar o banco de sêmen pois Deus garantiu o que era preciso para o Theodoro nascer”.

O procedimento da F.I.V foi um sucesso, a gestação da Gabi foi tranquila, até que no oitavo mês de gestação, ela teve muitas contrações, foi ao hospital e disseram que Theodoro não estava pronto ainda para nascer, era preciso ao menos tomar injeções que pudessem amadurecer seu pulmão e garantir que ele respirasse bem ao nascer. E assim aconteceu. Dias depois, a bolsa rompeu e Gabi chegou ao hospital já com 5 centímetros de dilatação. “Pudemos ver o sobrenatural agindo e a equipe médica pode testemunhar, exatamente o que pedi a Deus. Eu queria um parto que testemunhasse para todos da equipe sobre a Bondade de Deus. Senti a presença de Deus quando ouvi o médico dizer: – Quem dera todo parto fosse assim”, relata Gabi.

Porém, devido à prematuridade, Theodoro precisou ficar internado na UTI Neonatal por longos 23 dias. “Em alguns desses dias eu não pude passar a noite com ele, não puder amamentá-lo, nem ao menos trocar suas fraldas. Deus tinha naquele hospital anjos em forma de enfermeiras que cuidavam e zelavam pelo meu pequeno quando eu não podia. Theodoro foi um presente de Deus pra mim (não podia ser outro o nome escolhido pra ele”.

A oração é parte da vida da Gabi desde pequena. Ela foi criada na Igreja Adventista do Sétimo Dia e costuma ter um relacionamento íntimo com Deus através da oração. Gabi conta que ao passar por todo esse caminho, o propósito de ter um filho mudou. Hoje, ela consegue entender melhor porque Ana deixou Samuel no templo. “A certeza do milagre é tão forte que somos constrangidas a devolver para Deus nossos filhos. A dor de não gerar deixa uma marca de reconhecimento de que devemos a Ele o dom da vida, de que nada podemos se não for por Ele! A minha oração, desde o dia em que deixamos embriões na clínica, era para que enquanto ele estivesse vivo, sua vida fosse um louvor a Deus. E hoje eu peço mais ainda para que a vida do meu filho e para que a nossa história seja um testemunho do poder de Deus!”, relata emocionada com o Theodoro nos braços, hoje com 4 meses de vida.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia promove, anualmente, o projeto Dez Dias de Oração para incentivar a prática de oração entre a comunidade. Não apenas quem é membro da igreja participa, como Gabriela. Mas esse projeto tem conquistado um público que, independentemente da igreja, ou da religião sabe o poder que a oração tem.

Se você quer conhecer mais sobre o projeto, acesse o site www.adventistas.org/pt/mulher/projeto/10-dias-de-oracao/