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CPERS pede relatório mais claro para justificar aulas presenciais

Retomada foi autorizada após mudança da bandeira preta para a vermelha no Rio Grande do Sul.

Jornal NT Sul


Por Thays Silva 03/05/2021 - 15h19

O assunto retorno das aulas segue quente dentro do ambiente escolar. Com a migração para a bandeira vermelha e a liberação das escolas em todo o Rio Grande do Sul, o Governo não resistiu à pressão popular e política que vinha sofrendo desde o ano passado. No entanto, essa volta é escalonada. A recomendação da Secretaria da Educação é para que não voltem todos os alunos aos bancos escolares neste momento.

Os encontros serão no modelo híbrido. Estudantes terão aulas presenciais nas escolas e realizarão atividades remotamente. Contudo, a manobra não foi apoiada pela frente sindical no estado. Para o Cpers, esse contato reduzido pode gerar uma nova infecção dentro do território gaúcho e a exposição dos professores e funcionários pode causar um problema ainda maior.

Para a presidente do Cpers, Helenir Schürer, abrir as escolas com outros setores funcionando é um risco para os profissionais de educação e alunos. “Todos os infectologistas dizem – e nós concordamos – que as escolas poderiam estar abertas desde que todo o resto estivesse fechado, como foi feito nos países desenvolvidos. Aqui no Brasil é diferente: está tudo aberto. Agora, as crianças voltam para as escolas. Vejam bem, nós estamos falando de milhões de pessoas que voltarão a circular pelas ruas, pelo transporte público, nas escolas… pra nós isso vai fazer com que a contaminação e as mortes por coronavírus no estado cresçam mais. Nós estamos na luta pela vida, não somente dos professores e funcionários, mas também dos nossos alunos”, disse.

Para essa volta, a carga horária diária para o ensino fundamental deverá ser composta por três horas presenciais e uma hora remota. No ensino médio, a carga horária diária deverá ser de três horas presenciais e duas horas remotas.

O sindicato também cobra a vacinação prioritária para os docentes. Com a circulação de alunos e professores, as escolas podem se tornar pontos de infecção se os protocolos não forem cumpridos rigorosamente.

“Colocar os professores fechados em salas de aula com alunos pode fazer com que as escolas se tornem polo de distribuição do coronavírus. Ontem cobrei novamente do Governo porque as máscaras que foram enviadas para as escolas são de péssima qualidade. A circulação de ar é fundamental para que não haja contaminação ou para baixar ao mínimo possível de contaminação nas escolas”, completou Helenir.

Nesta segunda-feira (3), o Cpers realiza uma Assembleia Geral de manifestação. O encontro começa às 16h30 e será 100% virtual. Todas as demandas do grupo serão debatidas nessa reunião. Não está descartada uma greve da categoria.

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