Levítico 15

Reavivados por Sua Palavra

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou, na sexta-feira passada, dia 22/04/22, a portaria que declara o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, causada pela pandemia da Covid-19 no Brasil. E este não foi um ato isolado. Decretos estaduais e municipais também têm apresentado aberturas quanto às exigências sanitárias que foram praticadas nos últimos dois anos. É que, na história da humanidade, as regras sanitárias geralmente estão ligadas ao contexto imediato que a determinada sociedade em específico estiver vivendo.   

Sobre Levítico 15, a Bíblia de Estudo e Referência Nova Reforma comenta que “essa passagem refere-se a certos fluídos ou secreções produzidos pelo corpo humano, seja por doença ou mesmo por causas naturais, ou, ainda, como resíduos próprios do funcionamento orgânico. Essas emissões acarretavam a condição de imundícia e considerava-se que contaminavam cerimonialmente a pessoa. Limpeza e pureza eram condições indispensáveis para estar habilitado a participar do culto público, e as diversas cerimônias e rituais de adoração, aplicava-se também aos vários fluxos do corpo humano. Toda secreção corporal (sangue, urina, sêmen, fluxo menstrual, etc.) era considerada imunda e contaminava quem a produzia ou tocava nela. Essas impurezas podiam ser purificadas mediante certas cerimônias, como indicadas ao longo do capítulo”.  

Nos ensinos dados por Deus a Israel, foi dispensada cuidadosa atenção à conservação da saúde. O povo que tinha saído da escravidão, com os hábitos desasseados e nocivos que ela facilita, foram sujeitos ao mais rigoroso preparo no deserto, antes de entrar em Canaã. Foram-lhes ensinados princípios de saúde e impostas leis sanitárias. Como prevenção de contágio de doença, não somente no culto, mas em todos os assuntos da vida diária, era observada a distinção entre o que eles entendiam como limpo e imundo. Todos quantos eram de algum modo postos em contato com doenças contagiosas ou contaminadoras, eram isolados do acampamento, não lhes sendo permitido voltar ali sem a completa purificação tanto do corpo como das vestes. Então, no caso de uma pessoa atacada de uma doença contagiosa, eram dadas as instruções sobre isolamento e asseio, que nós vemos aí em Levítico 15. A necessidade do cultivo de hábitos de higiene pessoal específicos para aquele contexto foi ensinada da maneira mais impressiva. Afinal, meu amigo, eles eram cerca de dois milhões de pessoas acampadas e andantes pelo deserto, sem as mínimas condições sanitárias e de medicina das quais nós podemos usufruir hoje em dia. Entende? 

Mas, em um contexto diferente, Jesus rompeu com a exigência levítica e tocou a mulher com fluxo de sangue (Lucas 8:43-44). Ou seja, hoje em dia, as sugestões quanto ao que os cristãos devem ou não devem fazer em suas atividades coletivas devem estar relacionadas ao atual contexto. E isso deve estar ligado à pureza do nosso coração. No nível pessoal, nós devemos ser asseados, no nível coletivo respeitosos, mas, acima disso, no nível espiritual, nós devemos estar limpos diante de Deus. Ao aceitar a Jesus como seu Salvador, você está permitindo que, pelo sangue derramado na cruz, Ele lave os seus pecados. 

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