Homens do deserto e da cidade
Tempo de Refletir
Por Rádio NT 24/07/2024 - 04h03
Lucas 1:80 – O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a Israel.
João Batista nasceu em uma cidade da Judeia quando seus pais, Zacarias e Isabel, já eram avançados em idade (Lc 1:7, 39, 40). Eles provavelmente morreram quando João ainda era jovem, e ele então decidiu viver na região desértica próxima. Voltando as costas à solidão barulhenta da cidade, ele mergulhou na silenciosa solidão do deserto para ouvir a voz de Deus.
O deserto foi a grande escola para treinar líderes como Moisés, Amós e João Batista. A vida moderna não favorece a meditação na Palavra de Deus e, a menos que encontremos tempo para escapar da agitação do mundo, não ouviremos a suave voz de Deus nos falando ao coração.
Jesus, porém, era um homem da cidade. Nasceu e Se criou na cidade, trabalhou na cidade e amava o povo da cidade. As Escrituras dizem que “vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9:36).
As pessoas do deserto e as da cidade podem viver em mundos diferentes, mas se estiverem sedentas pelas coisas de Deus, terão algo em comum. E essa era a característica, tanto de João como de Jesus. A paixão pelo reino de Deus os uniu num mesmo ministério. “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”, clamava João Batista no deserto (Mt 3:2). “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”, pregava Jesus nas cidades da Galileia (Mt 4:17).
“Raça de víboras”, bradava João aos fariseus e saduceus que vinham para serem batizados (Mt 3:7). “Serpentes, raça de víboras!” (Mt 23:33), ecoava Jesus na cidade. Os dois homens nunca trabalharam lado a lado, mas, na verdade, estavam trabalhando juntos o tempo todo. Sua identificação havia sido tão grande, que após a morte de João Batista, muitos, inclusive Herodes, acreditavam que Jesus era João Batista ressuscitado dos mortos (Mt 14:2; 16:14).
Isso indica que Deus pode usar tanto as pessoas do deserto como as da cidade, para pregar Sua Palavra. Alguns serão ganhos pela mensagem austera do deserto. Outros serão ganhos por pregadores da cidade, que comem e bebem com os pecadores.
O reino dos céus precisa de ambos.
Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:
Grande Deus e Pai! Usa-nos – a mim e a meus ouvintes – para fazermos o Teu trabalho onde quer que sejamos colocados ou estejamos vivendo. Por favor, Pai! Somos apenas instrumentos. E nos colocamos como instrumentos em Tuas mãos! Em nome de Jesus, amém!