Sobre sacolinhas, Apas diz: "Objetivo é dar continuidade ao acordo"
Por marciobasso 21/06/2012 - 17h04
João Galassi, presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), diz que até sexta-feira a entidade irá apresentar medidas ao governador Geraldo Alckmin para atender a decisão do Conselho Superior do Minsitério Público.
O órgão não aceitou o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado entre os supermercados, o Procon-SP e a Promotoria do Consumidor e do Meio Ambiente, que criava regras para o banimento das sacolinhas.
O Ministério Publico de São Paulo disse nesta quarta-feira que os supermercados deverão melhorar a proposta do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que acabou com a distribuição de sacolinhas gratuitas no Estado para que ele seja aceito.
No documento em que rejeitou o TAC, o Ministério Público afirmou que a Apas deve apresentar uma “melhor forma de proteção ao consumidor, diante da necessidade de retirada das sacolas plásticas descartáveis do mercado de consumo”.
A seguir, trechos da entrevista concedida por Galassi, por e-mail.
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Folha – Qual a orientação que a Apas vai dar aos associados, após o conselho não aceitar o TAC?
João Galassi – Vamos manter o acordo firmado entre a Apas com o governo do Estado de São Paulo, em consonância ao plano de ação para produção e consumo sustentáveis do governo federal.
Segundo a assessoria do Ministério Público, não cabe recurso na decisão do conselho. O que a Apas pretende fazer?
Atendendo a orientação do conselho, que remeteu os autos para a Promotoria de Justiça do Consumidor, para buscar uma forma de melhor proteção ao consumidor, já está discuitindo alternativas para a questão. Vamos apresentá-las até sexta-feira ao governador Geraldo Alckmin. Nosso objetivo é dar continuidade ao acordo assinado que prevê a redução da distribuição das sacolas.
Quantas sacolas eram distribuídas no Estado?
Em São Paulo, são 6,7 bilhões de sacolas por ano, ou uma média de 550 milhões por mês.
Quanto os supermercados pagavam por esse custo mensal?
A Apas não divulga essa informação.
Com a campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”, quantas sacolinhas deixaram de ser distribuídas?
Desde o início de abril deste ano, ou seja exatamente em 80 dias, os supermercados paulistas deixaram de distribuir 1,1 bilhão de sacolas plásticas descartáveis, com significativa redução de impactos sobre as cidades, como entupimento de bueiros, e conseqüentes benefícios para a população, especialmente a camada mais carente impactada pelas enchentes.
Qual o faturamento do setor de supermercados?
O setor supermercadista faturou no ano passado R$ 224,3 bilhões.
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1107943-objetivo-e-dar-continuidade-ao-acordo-diz-apas-sobre-sacolinhas.shtml