Estilo de vida do homem "criou" o câncer, diz pesquisa
Por marciobasso 15/10/2010 - 09h19
Um estudo conduzido por cientistas das universidades de Manchester, no Reino Unido, e Villanova, nos Estados Unidos, indica que o câncer foi “criado” pelo estilo de vida moderna – no qual entram fatores como poluição e dieta – do ser humano.
Os pesquisadores investigaram registros literários do Egito e Grécia antigos, além de exames em múmias egípcias. Eles descobriram que investigações em centenas de múmias indicaram que apenas duas tinham resquícios de tumores e os registros escritos praticamente não indicavam casos da doença.
De acordo com os autores do estudo, os casos da doença dispararam a partir da Revolução Industrial, principalmente em crianças – o que indica que o aumento não é simplesmente devido ao fato de as pessoas viverem mais do que na Antiguidade.
“Em sociedades industrializadas, o câncer é a segunda causa de mortes, atrás apenas de doenças cardiovasculares. Mas em tempos antigos, era extremamente raro. Não há nada no ambiente natural que cause câncer. Então, deve ser uma doença criada pelo homem, devido à poluição e mudanças na nossa dieta e estilo de vida”, diz a professora Rosalie David, em comunicado da universidade britânica.
O professor Michael Zimmerman, da Universidade Villanova, que fez o diagnóstico em uma múmia de um homem “comum” que morreu entre 200 e 400 d.C., diz que, devido à falta de intervenções cirúrgicas naquela época, as evidências de câncer deveriam permanecer nas múmias. Segundo o professor, a raridade de casos descobertos indica também a raridade da doença na época.
Os pesquisadores investigaram ainda registros de câncer em fósseis animais e descobriram que são escassos, sendo alguns de tipos hoje desconhecidos da doença.
Já foi sugerido em outros estudos que os raros casos de tumores na Antiguidade eram resultado do curto período de vida dos indivíduos. Contudo, segundo a pesquisa britânica, os gregos e egípcios viviam tempo suficiente para desenvolver doenças como aterosclerose e osteoporose.
Outra explicação
Os cientistas, por outro lado, também procuraram outra possibilidade para o menor número de casos em múmias: a falta de conservação. Contudo, estudos experimentais de Zimmerman indicam que os tumores seriam beneficiados pela mumificação que outros órgãos, ou seja, ficariam mais preservados que outros tecidos.
Os pesquisadores afirmam ainda tentar entender o que causou os casos de câncer nas duas múmias, o que poderia ser explicado, com a fumaça do fogo usado para aquecer os lares, ou os incensos dos templos.
O estudo foi publicado na revista especializada Nature.
Os pesquisadores investigaram registros literários do Egito e Grécia antigos, além de exames em múmias egípcias. Eles descobriram que investigações em centenas de múmias indicaram que apenas duas tinham resquícios de tumores e os registros escritos praticamente não indicavam casos da doença.
De acordo com os autores do estudo, os casos da doença dispararam a partir da Revolução Industrial, principalmente em crianças – o que indica que o aumento não é simplesmente devido ao fato de as pessoas viverem mais do que na Antiguidade.
“Em sociedades industrializadas, o câncer é a segunda causa de mortes, atrás apenas de doenças cardiovasculares. Mas em tempos antigos, era extremamente raro. Não há nada no ambiente natural que cause câncer. Então, deve ser uma doença criada pelo homem, devido à poluição e mudanças na nossa dieta e estilo de vida”, diz a professora Rosalie David, em comunicado da universidade britânica.
O professor Michael Zimmerman, da Universidade Villanova, que fez o diagnóstico em uma múmia de um homem “comum” que morreu entre 200 e 400 d.C., diz que, devido à falta de intervenções cirúrgicas naquela época, as evidências de câncer deveriam permanecer nas múmias. Segundo o professor, a raridade de casos descobertos indica também a raridade da doença na época.
Os pesquisadores investigaram ainda registros de câncer em fósseis animais e descobriram que são escassos, sendo alguns de tipos hoje desconhecidos da doença.
Já foi sugerido em outros estudos que os raros casos de tumores na Antiguidade eram resultado do curto período de vida dos indivíduos. Contudo, segundo a pesquisa britânica, os gregos e egípcios viviam tempo suficiente para desenvolver doenças como aterosclerose e osteoporose.
Outra explicação
Os cientistas, por outro lado, também procuraram outra possibilidade para o menor número de casos em múmias: a falta de conservação. Contudo, estudos experimentais de Zimmerman indicam que os tumores seriam beneficiados pela mumificação que outros órgãos, ou seja, ficariam mais preservados que outros tecidos.
Os pesquisadores afirmam ainda tentar entender o que causou os casos de câncer nas duas múmias, o que poderia ser explicado, com a fumaça do fogo usado para aquecer os lares, ou os incensos dos templos.
O estudo foi publicado na revista especializada Nature.
Fonte: Redação Terra