Operação prende vice-prefeito de Nonoai, no norte do RS
Ação foi realizada em quatro municípios gaúchos e um de Santa Catarina.
Jornal NT Sul
Por Thays Silva 04/05/2021 - 15h48
Na madrugada desta segunda-feira (3) mais de 70 policiais civis saíram às ruas para cumprir 23 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão nas cidades de Nonoais, Gramado dos e Rio dos Índios, no norte do Rio Grande do Sul. A também foi realizada na capital, Porto Alegre, e na cidade de Chapecó, em Santa Catarina.
A operação, batizada de Martelo Quebrado, é a terceira este ano organizada pela Polícia Civil na região de Nonoai. Esta região está em um local considerado por muitos criminosos como estratégico, pela localização que fica próxima à divisa do estado com Santa Catarina.
Segundo o delegado do caso, a investigação que desbaratou o grupo criminoso começou em outubro do ano passado e comprovou a ligação dos presos com crimes de tráfico de drogas, armas e a prática de diversos assassinatos.
“O objetivo principal da operação foi retirar armas de fogo de circulação. Armas que são comercializadas ilegalmente, alimentando uma organização criminosa”, disse o delegado Enio Tassi.
Ao todo foram apreendidas 15 armas longas (espingardas, rifles e carabinas), três revólveres, uma besta (arma que atira pequenas flechas), além de centenas de munições de diversos calibres.
“Quando uma operação é deflagrada, ela é o resultado. Pra se chegar nela, tem uma extensa e árdua investigação preliminar”, informou a delegada Diana Zanatta.
Além de policiais civis do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, homens do exército também participaram da operação.
Vice-prefeito de Nonoai preso
Um dos presos na operação é o vice-prefeito Decimo Pedro Vassoler de Melo (PL). Ele estava em casa, quando foi detido pela polícia. Havia um mandato de busca e apreensão para a residência, onde também mora o filho de Decimo.
Segundo as investigações, ele seria o responsável por uma espingarda que foi encontrada no local com a numeração raspada.
O político foi levado para a delegacia. Como a arma não tem um registro, o crime é inafiançável. Logo após prestar depoimento, ele foi levado para o Presídio Regional de Sarandi, onde está à disposição da Justiça.
A defesa de Decimo não quis se manifestar sobre o caso. Disse apenas que já solicitou à Justiça a soltura dele, o que deve acontecer nas próximas horas.