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7 dicas para abolir os sermões “água com açúcar”

Na Mira da Verdade


Por jeferson 17/08/2017 - 15h30

Uma das principais razões de igrejas estarem mortas espiritualmente é a falta de sermões bíblicos expositivos, que exponham a Palavra de Deus assim como ela é. Lamentavelmente, os irmãos estão anêmicos na fé porque os pregadores insistem em dar “água com açúcar” para o povo de Deus, ao invés do alimento sólido e nutritivo que encontramos nas Escrituras.

Todo pregador cristão faria um grande favor para Deus se meditasse com interesse e reverência em Hebreus 5.12-14, onde Paulo adverte contra o ingerir somente “leite espiritual”. Imagine o que ele diria dos (não todos) sermões fracos de hoje em dia!

A realidade que percebo em todas as igrejas por onde passo é que muitos oradores pensam que pregar na igreja é simplesmente “ler a Bíblia e falar sobre ela”.

Isso está errado!

Na verdade, pregar é permitir que o autor original (e inspirado) diga o que realmente Deus intencionou que ele dissesse. Não é dizer o que “eu acho” ou o que “eu penso”, e muito menos “o que eu entendi do texto”.

Para descobrir o que o autor original quis comunicar, o pregador precisa em primeiro lugar interpretar o texto devidamente (exegese) e, em seguida, perguntar-se de que modo aplicará eficazmente a mensagem ao seu público (homilética).

Portanto, se você quiser levar alimento espiritual nutritivo às congregações por onde passar, é importantíssimo que considere as seguintes dicas:

#1 – Não confunda sermão com homilia

Mesmo que o termo seja usado como sinônimo para sermão, prefiro diferenciar pelo simples fato de que ler um trecho e falar sobre ele não significa necessariamente que a pessoa esteja pregando um sermão.

Oradores que leem o texto e explicam do jeito que entenderam sem antes terem feito a exegese ou interpretação, não estão pregando sermões expositivos, mas apenas fazendo homilias. Esse tipo de discurso não funciona para impactar de verdade a vida do público, e se constitui num desrespeito para com o texto sagrado.

Deixe de lado as “meditações” sobre a Bíblia porque esse tipo de oratória está carregada de ideias pessoais e conclusões humanas que não têm poder transformador sobre os ouvintes. O púlpito não é o lugar adequado para “meditar” sobre um trecho bíblico, mas um momento sagrado para expor com profundidade (e coloquialidade) a vontade revelada de Deus, guiando as pessoas a Jesus Cristo.

#2 – Conheça as reais necessidades de seu público

Numa igreja há pecadores buscando perdão, mães solteiras precisando de orientação, casais necessitando de conforto, filhos carentes de pais, jovens com dúvidas, idosos frustrados, pessoas lutando contra os desejos homossexuais, homens e mulheres com conflito por causa de um caso extraconjugal, etc. Portanto, familiarize-se com os problemas, sonhos e aspirações de seu público antes de preparar sermões que apresentem as soluções de Deus para cada caso.

#3 – Escolha um trecho bíblico que atenda tais necessidades

As Escrituras oferecem respostas para todos os problemas e angústias que afligem a humanidade. Mais do que isso: a Bíblia tem o poder de Deus para mudar a realidade das pessoas e torná-las mais felizes!

Portanto, o pregador cristão pode estar seguro de que encontrará na Bíblia respostas e soluções para as questões mais complexas da vida. O Espírito Santo está mais desejoso de mostrar esses trechos bíblicos ao pregador do que um pai em dar o melhor presente de aniversário para seus filhos.

#4 – Estude o trecho bíblico de maneira responsável

É péssimo ver alguém ler a Bíblia e explicá-la “do jeito que entendeu”. Quando isso acontece, baixo minha cabeça e fico lendo e sublinhando minha Bíblia, pois isso me fará sair da igreja muito mais enriquecido.

O pregador expositivo jamais explicará o texto de qualquer jeito, mas o estudará profundamente para saber o que Deus comunicou ao autor inspirado. Lembrar-se-á de que se Paulo sendo inspirado sentia necessidade de estudar (veja 2Tm 4.13), muito mais o orador (que não é inspirado, mas iluminado) precisará passar tempo com a Bíblia e com os  livros!

O estudo responsável requer tempo de leitura, pesquisa, reflexão e oração. Sendo que priorizamos aquilo que é mais importante a nós, tenha como uma oportunidade maravilhosa ser um agente do Espírito para levar alegria, salvação e mudanças reais na vida das pessoas por quem Jesus morreu.

Tendo consciência de que sua missão é importantíssima e e que ela deve ser priorizada, você se sentirá motivado (a) a separar tempo de qualidade para preparar seus sermões e pensar em como aplicá-los à vida dos outros.

#5 – Tenha como alvo levar as pessoas à uma ação concreta, não a derramarem lágrimas

É um absurdo perceber que muitos cristãos qualificam um sermão como “ótimo” se as pessoas chorarem por causa da mensagem. Isso é falso! Quem garante que a pessoa não está chorando de raiva por ter ouvido um sermão “água com açúcar”, ou porque caiu um cisco no olho?

Um sermão de qualidade é medido pela exposição fiel da Palavra de Deus, ação e transformação realizados na vida dos ouvintes! Se as pessoas chorarem por conta de uma emoção genuína que brotou como resultado da exposição do texto bíblico, tudo bem. Fora isso, é “anátema”.

#6 – Aplique a mensagem à sua vida e experimente o poder transformador do Espírito Santo

Winfred Omar Neely conta na obra Manual de Pregação (São Paulo: Vida Nova, 2010, p. 56-57) que durante o preparo de um sermão sobre o amor ao próximo, o Espírito Santo falou fortemente com ele para que colocasse em prática Efésios 5.25, um dos textos que ele havia selecionado: “Maridos, cada um de vós ame a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja”.

Ele foi impressionado a ajudar a esposa na tarefa de trocar a fralda do filho e a dar a mamadeira pra ele. Sendo sensível à voz do Espírito em sua consciência, o pregador não apenas percebeu o quanto era egoísta e egocêntrico, mas também passou a ajudar a esposa com as crianças.

Duas semanas depois ele pregou o sermão com muito mais poder, pois havia experimentado em sua vida uma mudança real. Além disso, por meio de tal sermão Deus levou outros homens a ajudarem mais suas esposas na criação dos filhos e nas atividades domésticas.

Se você for sensível à voz do Espírito, pode ter certeza de que além de transformar você, Ele usará a transformação feita em seu interior a favor de outros que precisam dos mesmos conselhos amorosos dEle!

#7 – Não termine o sermão com histórias trágicas

Serei bem franco: quem só sabe concluir seus sermões com histórias tristes e trágicas, ainda não sabe o que é ser um pregador cristão. Está muito despreparado.

As pessoas já enfrentam uma série de problemas em casa ao longo da semana, bem como dificuldades no trabalho e conflitos com a natureza pecaminosa. Por quê não levar a elas esperança?

Por que entristecer e oprimir, ao invés de levar alegria, arrependimento genuíno (tristeza segundo Deus, não segundo o mundo – 2Co 7.9,10), fé, esperança e transformação? Já não bastam os telejornais que “derramam” sangue todos os dias?

Pare de transformar o púlpito num funeral. Pelo amor de Deus! É melhor não pregar do que usar o púlpito tão indevidamente.

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