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Números 27

Reavivados por Sua Palavra


Por Rádio NT 06/06/2022 - 02h00
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Feminismo: já ouviu falar? Quem nunca, né? Dizem que uma das sementes do protofeminismo seria a luta de Lady Anne Clifford, no século 17, pra receber uma herança. No caso, as mulheres não teriam direito à herança.  

Bom, uma coisa a gente sabe. Pelo menos aqui no Brasil, hoje em dia, as mulheres têm direito à herança, né? E a nossa leitura bíblica de hoje, Numeros 27, nos fala de umas mulheres que também pleiteavam uma herança, acredita? E daí você pode se perguntar: então o texto bíblico de hoje poderia conter algum tipo de feminismo bíblico? Absolutamente, não. Sabe porque? É só você olhar para os princípios existentes no inventário das filhas de Zelofeade: Deus tinha um plano especial para as famílias de Israel, por isso, desejava preservá-las. Um elemento-chave aqui é a santidade da família, especialmente com respeito à propriedade e à herança. É claro que a ideia era manter a propriedade tão próxima quanto possível dentro da família. A terra, afinal, era uma “herança” e, então, pertencia à família. 

Como vemos, também, aquela não era uma questão momentânea. Aquelas mulheres tiveram a fé e coragem de se aproximar de Moisés a respeito de um assunto de justiça básica. Deus reconheceu, porque, pra Ele, mulher tem direito de voz, como os homens. E, a partir dali, o Senhor estabeleceu um “estatuto de juízo” que permaneceria para as gerações futuras e protegeria as mulheres que porventura se achassem em circunstâncias semelhantes. Porque, pra Deus, entre homens e mulheres, deve haver igualdade no acesso ao direito. Em todas as gerações. Você acha que o feminismo é uma herança? Leia o livro Feminismo, de Ana Caroline Campagnolo. Eu superrecomendo essa leitura, meu querido amigo ouvinte, pra entender o feminismo. Essa autora é professora de história. E os historiadores nos ajudam a entender que o que vivemos hoje é legado dos nossos antepassados e ficará de herança pros nossos descendentes. 

Veja bem. O contexto aí da segunda parte de Números 27, é que, depois de tantos anos no deserto, os filhos de Israel logo deveriam fazer a travessia pra Terra Prometida, uma nova geração que havia surgido logo deveria tomar posse da herança, e, apesar dos retrocessos, das rebeliões, das murmurações, e da falta de fé por parte de Seu povo, Deus iria cumprir Sua palavra. Isso aconteceria com outra geração? Sim! Mas aconteceria! 

Moisés iria logo morrer, seu trabalho estava feito. O encargo agora estava sendo dado a Josué, designado pra ser sucessor de Moisés. O interessante é que não foi um dos filhos de Moisés mas, em vez disso, alguém que havia provado seu próprio valor. A meritocracia foi o mais importante. E a seleção foi feita pelo próprio Deus. 

E era a arbitragem de Deus que deveria continuar. Os textos deixam claro que, assim como foi com Moisés, Josué deveria administrar unicamente sob a direção de Deus. Além do que estivesse escrito, ele deveria buscar a vontade do Senhor através do “juízo do Urim, perante o Senhor”. E você também, busque sempre a justiça de Deus.  

Fonte: Lição da Escola Sabatina 4º Trimestre de 2009.