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Em terreno proibido

Tempo de Refletir


Por Rádio NT 20/04/2023 - 02h00
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I Reis 3:1 – Salomão aparentou-se com Faraó, rei do Egito, pois tomou por mulher a filha de Faraó e a trouxe à Cidade de Davi.

Tudo corria bem em todos os domínios do reino de Salomão. Ele desfrutava paz, e as nações vizinhas admiravam a sua sabedoria. “A princípio, ao virem-lhe riquezas e honras mundanas, ele permaneceu humilde, e grande foi a extensão da sua influência” (PP, p. 51). Mas a história registra uma melancólica virada na trajetória desse grande governante. Ele, agora, estava se afastando da adoração de Jeová para se curvar ante os deuses do paganismo.

Um passo decisivo nessa direção foi aventurar-se em terreno proibido. Com a intenção de fortalecer suas relações com o poderoso reino egípcio, tomou a filha de Faraó como sua esposa. Ele presumiu que sua sabedoria e o poder do seu exemplo conseguiriam levar suas mulheres a abandonar a idolatria. A intenção era boa, mas os métodos não tinham a aprovação divina. Esse comportamento estranho começou a se delinear à medida que Salomão foi perdendo de vista a Fonte de seu poder e glória. Suas inclinações carnais ganhavam ascendência sobre a razão, e por isso a confiança em si mesmo aumentava.

Não podemos permitir que nossas paixões nos ceguem a razão. O sábio rei tornou-se, de uma hora para outra, um homem tolo. Muitos de seus provérbios descem o chicote nos tolos. Um exemplo: “Por falta de senso, morrem os tolos” (10:21). A tolice de se curvar perante deuses pagãos era um caminho para a morte. E notemos, agora, a maior incoerência de Salomão em face do que ele escreveu em Eclesiastes 5:1: “Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal”. E a Bíblia registra o ponto a que Salomão chegou: “Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses” (1Re 11:4).

Um dos métodos do diabo é levar-nos a adotar costumes mundanos. Sua estratégia é gradativa e começa por coisas aparentemente insignificantes: jugo desigual no namoro e casamento, jeitinho daqui e jeitinho dali para burlar o fisco, entre outras coisas. Tudo isto constitui o primeiro degrau. Com o tempo, porém, os pés do tolo alcançam o último degrau da escada da apostasia.

Nossa salvaguarda consiste em estarmos em perene comunhão com Deus. A oração, por exemplo, é um antídoto contra a estultícia.

Vamos orar, agora?

Querido Deus: mantenha nossos pés no caminho certo. Não permita que nada venha a nos afastar de Ti e das recomendações de Tua Palavra. Assuma o controle de nossa vida, por favor. Em nome de Jesus, amém!