Rede Novo Tempo de Comunicação

Balas perdidas?

Tempo de Refletir


Por Rádio NT 05/10/2023 - 03h30
00:00
00:00
Volume
Velocidade

Balas perdidas?

Jeremias 9:8 – A língua [dos perversos] é uma flecha mortal; eles falam traiçoeiramente. Cada um mostra-se cordial com o seu próximo, mas no íntimo lhe prepara uma armadilha.


Estudos dão conta de que o homem fala em média 20 mil palavras por dia, e a mulher 30 mil. Daí podemos apenas imaginar ou perceber o poder que está em nossa língua tanto para o bem como para o mal.


Enquanto Tiago compara a língua a um fogo que devora, queima e destrói, Jeremias a compara a uma flecha mortal. Naquele tempo, a flecha era a arma que atingia mais rapidamente uma pessoa. Era inesperada e venenosa, rápida e cortante. Causava feridas profundas.


Quem sabe hoje, se fôssemos atualizar o texto de Jeremias, diríamos assim: “Suas palavras são como tiros de um fuzil de mira telescópica, com silenciador.” Você mal ouve o barulho, mas é surpreendido. Apenas sente o impacto. Não sabe por que e nem imagina quem foi o autor do disparo. Não sabe de onde veio; mas foi atingido.


Existe uma flecha mais venenosa do que essa. É muito mais prejudicial porque não atinge apenas o corpo, mas fere profundamente a alma. É uma flecha que mancha a reputação do outro, inventa o que ele não disse e insinua intenções maldosas, espalha informação falsa sobre os outros com a intenção de feri-los.


É uma flecha que tem arruinado muitos casamentos, e tem feito muitos perderem o emprego e posições. Ela já arruinou o futuro de milhares de pessoas. O nome dessa flecha é calúnia, mas também é conhecida como difamação.


O ditado diz: “A calúnia é como o carvão, quando não queima, suja.”


Os rabinos ensinavam que a calúnia era pior do que o incesto, a idolatria e o tirar a vida de alguém, porque matava três pessoas de uma só vez: o caluniador, o caluniado e quem escutou.


O cristão verdadeiro está convicto de que o tecido das relações humanas está entremeado da verdade. Quando há desconfiança e medo, os relacionamentos são fragilizados. Por isso, hoje todos apreciamos aquilo que chamamos de transparência. Não há nada escondido, mas existe lealdade e consistência.


“Não saia dos vossos lábios nenhuma palavra inconveniente [que fira, machuque, destrua, arruíne], mas, na hora oportuna, a que for boa para edificação, que comunique graça aos que a ouvirem” (Ef 4:29, Bíblia de Jerusalém).

Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:


Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios [Sl 141:3]. Toma conta de meus pensamentos e minhas palavras. Por favor, em nome de Jesus, amém!